O aniversário de três décadas de emancipação política de Nova Roma do Sul é comemorado nesta quinta, com a coroação das novas soberanas, um bolo de 30 metros e show musical
Há 30 anos, ao se emancipar de Antônio Prado, Nova Roma do Sul iniciava a formação de uma cidade com consciência ecológica e de onde boa parte dos moradores não tem plano algum de deixar. Pudera: a impressão que se tem ao visitar Nova Roma do Sul é que os pouco mais de 3 mil habitantes conhecem um ao outro com propriedade.
– Por aqui a gente não vê ladroagem, coisa ruim. Temos sossego, e isso não tem preço que pague – comemora Rafael Cansan, 94 anos, um dos moradores mais antigos da cidade.
O aniversário de três décadas de emancipação política de Nova Roma do Sul é comemorado hoje, com a coroação das novas soberanas, um bolo de 30 metros e show musical. O processo de separação de Antônio Prado se iniciou quando um grupo de 17 líderes do então distrito encabeçou a missão. Na época, a comunidade duvidava que o pedaço de terra circundado pelos rios das Antas e da Prata poderia ter prefeito. A implantação de um colégio com Ensino Médio, porém, deu o pontapé para que o sonho pudesse sair do papel, lembra Natal Santi, 81, um dos integrantes da comissão e primeiro vice-prefeito da cidade.
– Não tínhamos estrada, e se alguém queria concluir o ginásio (atual Ensino Médio), precisava ir até Antônio Prado. Hoje, temos posto de saúde, asfalto, coisas que os prefeitos construíram ao longo deste tempo – enumera.
De acordo com Santi, médico, agricultores, padre, professor e outros profissionais de diferentes áreas aderiram à ideia e ajudaram a impulsionar a economia da cidade, distante cerca de 60 quilômetros de Caxias do Sul. Hoje, o aposentado vive na Linha Paranaguá, próximo de um parque de aventuras que atrai turistas diariamente.
A tranquilidade de quem ainda faz o próprio vinho e não abre mão de um carteado anda lado a lado com a facilidade de atendimento em saúde e educação, acredita Santi. Para ele, são “coisas de cidade grande”, mantidas por gente trabalhadora que tem na agricultura o seu ganha pão.
– Agora, tem ônibus que passa aqui na frente da minha casa carregando turistas. Quem imaginava isso há 30 anos? Estou muito satisfeito de ter colaborado para a emancipação, porque cada vez mais, a gente vê que valeu a pena – garante.
Carência de mais opções de lazer
Nova Roma do Sul não tem um hospital, mas conquistou o primeiro lugar no ranking da saúde no Rio Grande do Sul, segundo o Índice de Desenvolvimento Socioeconômico (Idese). Os bons resultados orgulham a equipe que atua diretamente nas moradias, e eleva a expectativa de vida para 76,06 anos – no Brasil, a média é de 74,4.
Porém, se de um lado a cidade conta com boa infraestrutura de saúde básica, por outro faltam opções de lazer para os mais novos, característica comum em municípios pequenos, admite o prefeito Douglas Favero Pasuch (PP).
– Quem quer ir a um cinema, por exemplo, precisa andar uns 60 quilômetros e ir até Caxias do Sul. De resto, se vive como uma aldeia, como antigamente – afirma o prefeito.
A maior parte dos moradores é madura, com idade entre 45 e 59 anos. Por isso, a programação nos fins de semana é clássica:
há celebração de três missas, jogos de bocha e, é claro, o tradicional carteado.
– Só temos a agradecer àquelas 17 pessoas que trabalharam para sermos emancipados. Temos a melhor saúde do Estado, fila de creche zerada, colégio com turno integral. Todos trabalharam muito bem para chegarmos até aqui – avalia Pasuch.
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