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29/07/2022
Agricultura e Meio Ambiente

Animal com suspeita de raiva morre em Nova Roma do Sul


Equipes técnicas aguardam laudos. Bovino morreu com sintomas de raiva


Morreu nesta sexta-feira, em Nova Roma do Sul, animal que apresentava sintomas compatíveis com a raiva. A confirmação ou não da doença deve ocorrer nos próximos dias, pois depende de resultado de exames.

A propriedade que registrou este óbito se encontra na região onde um caso de raiva foi confirmado no dia 18 de julho. A ocorrência reafirma a importância da vacinação.

Relembre o caso confirmado

No dia 18 de julho, foi confirmado pelo Centro de Pesquisa em Saúde Animal do Instituto de Pesquisas Veterinárias Desidério Finamor (IPVDF) a positividade do animal suspeito que veio ao óbito no dia 13. Visto que o animal apresentava sinais da agressão de morcegos hematófagos, assim como os demais do lote que se encontravam em área localizada às margens do Rio da Prata, na divisa entre os municípios de Nova Roma do Sul e Veranópolis, acredita-se que o mesmo tenha sido infectado no local. Salienta-se também que o animal positivo não havia recebido nenhuma dose da vacina antirrábica, estando vulnerável ao contágio pela doença.

Com isto, fica recomendada a vacinação de todos os animais suscetíveis (bovinos, bubalinos, equinos, muares, suínos, caprinos e ovinos) visando conter a mortalidade de animais e evitar maiores prejuízos econômicos aos produtores rurais, visto que para a doença da raiva não há tratamento, sendo invariavelmente fatal uma vez iniciados os sinais clínicos.

– A  vacinação é o melhor método de controle que temos para esta enfermidade, a vacina da raiva apresenta uma excelente eficácia, segurança e é muito barata frente aos prejuízos gerados – orienta o Médico Veterinário da Prefeitura de Nova Roma do Sul, Gustavo Martins Erhardt.

– Nestas regiões onde há a mortalidade ou aumento exacerbado da mordedura de animais a Secretaria Estadual da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (SEAPDR) lança o alerta para os produtores para que estes vacinem seus animais. A raiva é uma doença que tem prevenção através da vacina, porém após o aparecimento de sinais clínicos nos animais ela não tem cura e será fatal – alerta o coordenador do Programa de Controle da Raiva Herbívora da SEAPDR, Wilson Hoffmeister.

Hoffmeister ainda explica que a preocupação é maior, pois a partir desta época, a população do morcego hematófago, transmissor do vírus causador da doença, aumenta:

– Os morcegos que nasceram entre novembro de 2021 e janeiro de 2022 passam a, também, alimentar-se de sangue. Soma-se a isso a maior suscetibilidade dos transmissores ao patógeno devido às intensas mudanças climáticas do período. Este ano, tivemos seca e, depois, muita chuva, estressando os animais e baixando a imunidade das colônias, que contraíram o vírus mais facilmente e migraram de um local para outro – explica Hoffmeister.

Sobre a Vacinação

A vacinação é recomendada para animais a partir de 4 meses, atendendo o seguinte esquema vacinal:

  • Aqueles animais que nunca foram vacinados, devem ser imunizados com duas doses da vacina (sendo a segunda de 28-30 dias da primeira), repetindo anualmente a vacinação destes animais;
  • Aqueles animais previamente vacinados, recomenda-se a aplicação de uma dose anualmente.

Vigilância

É importante que os proprietários fiquem atentos para a ocorrência de novos casos suspeitos, agressões de morcegos em animais de suas propriedades ou localização de abrigos de morcegos e contatem, imediatamente a Prefeitura Municipal e o Posto Veterinário através do telefone 54 3294-1005.

Nos animais suspeitos pode-se observar isolamento destes animais do restante do lote, alteração do comportamento usual, perda do apetite e dificuldade para engolir. Estes sinais clínicos ainda podem evoluir para movimentos desordenados com a cabeça, ranger de dentes e perda da coordenação motora, em poucos dias, apresentam queda, começam com dificuldade respiratória, seguida por asfixia e morte.

– Como a raiva é uma zoonose, ou seja, pode ser transmitida aos humanos, mesmo que não se relate casos em humanos no Estado desde o início da década de 80, é extremamente importante que os proprietários vacinem seus animais para prevenir esta doença e que nunca manipulem animais suspeitos ou morcegos, pois podem vir a se contaminar, colocando sua vida em risco, e caso isso aconteça, devem procurar orientação médica – salienta Erhardt.

Quaisquer dúvidas ou orientações podem ser esclarecidas junto à Prefeitura Municipal, através do 3294-1005/2009 com Gustavo ou diretamente no Posto Veterinário de Nova Roma do Sul.


Fonte: Assessoria de Comunicação
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